Livre arbitrio e a dialetica 2/2
O que pretendo com este post? Factualidades, espero no final deste post exercer coercivamente ao leitor, a visão do livre arbítrio como uma faculdade da mente e alvo de acompanhamento na biologia e ciencia, é um pedido extremo á qual me desafio apresentar.
Como se explica este conceito em ordem de desiquilibrios psíquicos? Esta pergunta não será um teste para mim, pois coloca ainda em melhor enfase a minha ideia, um desiquilibrio psicológico confronta o ser com diferentes imagens ou estados emotivos, posso especular que esses desvios da mente são as lacunas dentro do controlo mental, sendo que apesar de determinar o livre arbítrio como um legado evolutivo, e acredito que tem de ser alvo de estudo apropriado, não o vejo como a plenitude da ação humana, mas como um indicador. Deixando então problemas mentais, como um desenrolar de desvios na mente, sem cair na máxima do livre arbítrio soberano e totalitário, mas sim alvo de pesquisa aberta.
Que ganhariamos na pesquisa do livre arbítrio, ou necessidades externas como nos é colocado? Esta questão é interessante, a questão liberdade no seu extremo mais puro já foi muito dissecada, detenho então provas empíricas tanto da filosofia como da nossa realidade, na minha óptica o conhecimento do ser humano tem de entrar em contraste com a evolução do campo de outras ciências, estamos apesar de tudo a largos anos da extinção, é necessário no campo social uma nova linha de raciocínio, questionar a nossa liberdade como aqui coloco é apetecível, o ganho no campo sensorial e cognitivo, levaria a novos entendimentos do mundo, e como espero eu explicar operamos reféns da natureza.
O que são as necessidades internas? As necessidades internas são basicamente o parâmetro que encontrei para desenvolver a minha narrativa, pausando um pouco, elaboro que as necessidades são o pedido por algo, seja instintivo ou de propósito, todos nós detemos necessidades, que são respondidas por ação pura, seja para o mais trivial do sentar e levantar ler e comer, internas? Porque se libertam em ação, e são atos de algo, especulo então que perante necessidades de ação em progresso, existe inata na nossa mente um processo que ativa estas tarefas e as designa como naturais, acabando em ação considerada autónoma.
Que provas detenho destes processos? A própria dificuldade de me levantar cedo de manha, determina que o faço não por vontade mas por necessidade, esta analogia pinta perfeitamente o facto de laborar para ganhos, com certeza não será uma explicação perfeita, pois existe sempre alguém que mesmo perante os factos decida dormir um pouco mais ou ignorar estes alarmes, uma questão de fogo, desenvolvo então que o processo de livre arbítrio é orgânico, não se trata de nos controlar como máquinas e olhar para o mundo de maneira linear, é sim um ativante, que permite diferentes rotas, e não apenas uma só. O ser que decide ignorar um alarme ou não fugir do perigo, acabará em parte derrotado por si mesmo, tendo consequências, neste caso no campo socio cultural, da qual não me vou extender por agora, até me fazer explicito dos conceitos base das necessidades externas.
Como entender ações flexivas e o seu conceito? Ações flexivas são a minha resposta ao desejo da continuação das necessidades, são flexivas pois trabalham em um multi canal de ideias e são ações pois se desenrolam em nós como ganhos, são multifacetadas na sua maneira de operar, combinam o ganho de “prazer” com ação, (ler, sexo, trabalho, exercício), com certeza não sou absolutista a garantir que realmente criam um produto perfeito, pois volto a vincar que o livre arbitrio é UM DOS processos que acredito existir na mente humana e não a sua totalidade.
Que ordens empíricas detenho de tal desenho? Primeiro de tudo sou seguidor do racionalismo, mas nesta questão sou forçado a encontrar provas do que escrevo, e são sem duvida empíricas na questão evolutiva mas racionalistas na sua prova final. Acredito que em um período não muito longínquo a grande barreira sensorial que nos estimulava em termos de reflexos, foi consideravelmente modificada para um estado cognitivo de progresso, ou seja especulo que a seleção natural teve um trabalho importante nesta revolução sensorial no ser humano, tendo as grandes características de inovação, nascendo de registos básicos como o fogo ou utensílios de obra primitiva.
Poderá se tratar de um processo fantasma? Sem dúvida que a minha ideia bate de acordo com esta premissa, ora recapitulando em um momento no nosso histórico evolutivo, há semelhança de outros atributos, a seleção natural fez o seu trabalho, de modo a passar uma nova característica hereditária, que apresento como livre arbítrio humano, que modelo base tem esta característica? Não apenas ultrapassou o resto dos nossos ancestrais comuns em termos cognitivos, como também trabalhando com um forte incentivo mental em forma de ganhos (prazer, gratificação), possibilitou um grande salto em termos de inovação, foi criado na nossa mente um sistema autónomo, que pode forçar certas tarefas de maneira que pareçam autónomas, que na realidade partem de principios inatos.
Como assim inatas? Acredito que tal como muitas facetas da mente, o livre arbítrio é inato na mente humana, naturalmente? Sim! Seguindo Darwin, mas codificado em nós em termos de resposta a reações ou tarefas de qualquer grau, seja simples ou mais complicado.
Então não tenho liberdade de movimento? Esta questão é mais subjetiva, acreditará o leitor que detém a capacidade para ultrapassar naturalmente as milhares de tarefas diárias, sem nenhum tipo de atributo inato da mente? Vejamos a capacidade de livre arbítrio como uma analogia á economia, investimento- esforço físico e mental, -retorno- realização e prazer, mercado-livre arbítrio, com esta simples esquemática já se consegue entender melhor onde pretendo chegar.
E as tarefas simplicistas? Como mover um objeto? Ai entram dois conceitos como criatividade, e o desenvolvimento de ação automática, entrando no campo da criatividade primeiro, penso que mover um objeto é um dos ramos das necessidades internas, pode ser uma ação adquirida via a minha noção de necessidades, mas porque o fazer? Vejo como um tipo de “overload” de informação que nascem das milhares de tarefas diárias, o movimento de um objetivo sem propósito racional, bem pode ser algo muscular, uma distração, mas de maneira alguma derruba a ideia de necessidades, são simplesmente computação mecânica humana, que realmente merecem atenção e estudo, o ato de agarrar um objeto sem finalidade, demonstra inúmeras hipóteses, pode ser um exercício muscular, pode ser um “filho” das necessidades internas devido á nossa capacidade de nos mantermos ativos, ou pode ser o eu acredito mais plausível, uma reação física do corpo.
Beijinhos e Abraços, Rafer Diogp